Objetivos
Desenvolvimento Afetivo:
Em todos os estágios do desenvolvimento mental da criança há um paralelismo entre o desenvolvimento cognitivo e afetivo, isto é, há uma relação direta entre a inteligência e a afetividade. A afetividade constitui a energética da ação, ou seja, é o interesse e a vontade que funcionam como impulsionadores da conduta, e as estruturas de que a criança dispõe para agir correspondem às funções cognitivas.
O afeto é de fundamental importância na construção da inteligência, isto é, a afetividade corresponde aos sentimentos, às emoções, aos desejos, às vontades e aos valores, que dão suporte às ações. À medida que a criança estiver afetivamente perturbada por qualquer razão e, por isso, encontrar-se ansiosa, triste, desanimada, com baixa auto-estima etc, o desenvolvimento geral dela poderá ser atrasado, já que suas preocupações infelizes canalizam as suas energias.


Desenvolvimento Motor:
O desenvolvimento psico-motor vai ocorrendo de acordo com as capacidades da criança de autocontrolar os seus movimentos e as suas respostas aos estímulos, bem como a influência que pode ter no meio que a rodeia, assim como a atitude geral e o controlo da cabeça. É o processo de aprendizagem que envolve, entre outros, a linguagem, memória, visão, coordenaç ão motora, interacção com as pessoas e objectos.


Linguagem:
A criança durante o primeiro ano de vida desenvolve as bases necessárias para a visão da linguagem oral, as suas primeiras palavras. Até esse momento a criança ja é capaz de comunicar com as pessoas à sua volta embora ainda não fale.
Desde que nascem, as crianças mostram um especial interesse pela voz humana e , embora nos dê a impressão de que compreendem o que dizemos, na realidade o que entendem são as situações nas quais se empregam essas palavras.
As primeiras etapas do desenvolvimento da linguagem são fundamentais e constituem a base para um correto desenvolvimento da linguagem. Mas isto não quer dizer que não apareçam dificuldades posteriores, não só na linguagem, mas também na sua fala, na sua comunicação e inclusivo na aprendizagem da linguagem escrita.
Que fazer para estimular o desenvolvimento da linguagem nas crianças:
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Há que estimular a criança para a actividade verbal desde que nasce; falar-lhe embora acreditemos que não nos entende.
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Deixar sempre um espaço para que a criança expresse os seus desejos, necessidades, sentimentos e pensamentos. Sendo pacientes perante a sua dificuldade de expressão, que cada vez será mais fluida. Quando perguntar algo à criança dê-lhe tempo para que responda.
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Utilize palavras correctas para designar os objectos, acções e situações. A linguagem infantil é muito graciosa para as crianças, mas não para os adultos.
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Fale com elas num tom de voz correcto. Não se pode pedir a uma criança que não grite se os adultos o fazem ao pé dela.
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Não faça comentários negativos sobre a sua linguagem à sua frente.
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Festeje o seu esforço e felicite-o quando algo sai bem. Se disser algo mal não lhe diga nada.
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Estimule na criança o gosto pela leitura, seleccionando os livros adequados à sua idade.


Autonomia:
É criar técnicas e métodos para que a criança consiga alcançar a sua independência, ter vontade própria, iniciar atividades sem ajuda e sem lhe ser solicitado.
Este processo é um trabalho contínuo, para que este obtenha sucesso é preciso muito trabalho e dedicação. É importante que exista uma boa coordenação entre escola/família e família/escola.
Regras para desenvolver a Autonomia Infantil:
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Não crie dependência de si durante muitos anos;
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Proporcione à criança liberdade de exercer totalmente as competências de intimidade e conciência;
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Não impeça a criança de manisfestarem de forma honesta o seu amor, ou a falta dele. Incentive-as a pedir, dar, aceitar e rejeitar afectos, bem como se auto-valorizar;
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Dar valor aos seus sentimentos, ao seu pensamento e intuições. Devemos responder as suas exigências quando eles nos pedem;
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Nunca minta as crianças, se existir a necessidade de o fazer devemos explicar-lhes a razão de o fazer;
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Deixe a criança aprender usando todos os seus sentidos livremente ( visão, olfato, tato, paladar e audição);
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Dê a criança uma oportunidade de tentar sozinha antes de ir "ajudá-la"
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Não ensine as crianças a competir. ensine-as, por exemplo, a cooperar.


Desenvolvimento Sensorial:
As crianças aprendem sobre o mundo ao seu redor no início principalmente através de seus sentidos. Os sentidos incluem:
- Visão;
- Audição;
- Olfato;
- Gustação ( gosto);
- Tato ( Tocar, Sentir);
Um bebê aprende a sentar, engatinhar, ficar de pé e andar. As crianças continuam a aprender a manter o equilíbrio como correr, pular, saltitar, subir e descer escadas, praticar desportos e participar de outras atividades através dos sentidos.
A criança está desnvolvendo seus sentidos antes do nascimento. Os bebés recebem estímulos sensoriais do mundo ao seu redor, mesmo quando dentro do útero da mãe. Desenvolvimento Sensorial da criança é um processo contínuo. O cérebro aprende a receber os impulsos dos sentidos, a fim de interagir com o ambiente ao seu redor. Desenvolvimento sensorial da criança é parte integrante de ensinar a aprender ao longo da vida.
Os bebés exploram o mundo através dos seus sentidos. À medida que crescem eles usam todos os seus sentidos. Eles começam a reconhcer o cheiro de suas comidas favoritas. Um bebé responde a voz da mamãe ou papai. Crianças gostam de tocar. Eles tentar tentam pegar suas roupas e seus brinquedos favoritos. As crianças continuam a usar seu senso de paladar para adquirir um amor para alguns alimentos.
Desenvolvimento Percetivo:
Todo movimento voluntário envolve um elemento de percepção. Desde o nascimento, as crianças aprendem como interagir com o seu ambiente e essa interação é um processo perceptivo e, também, motor.
Aos dois anos os aspectos anatômicos e fisiológicos dos olhos estão completos, mas as habilidades perceptivas não estão completas. As crianças pequenas são capazes de fixar os olhos em objetos,acompanhá-los e fazer avaliações de tamanho e forma, contudo precisam de muitos refinamentos.
O desenvolvimento motor é influenciado pela acuidade visual, a percepção de imagens em nível plano, a percepção de profundidade e a coordenação visual-motora.
As habilidades visual-perceptivas em crianças são restritas se comparadas às dos adultos. Esse processo não é totalmente inato, portanto quanto mais experiências de aprendizado motor perceptivo tiverem mais fácil será desenvolver certa plasticidade de reação à várias situações motoras. Restrições ambientais podem atrasar o aprendizado motor-perceptivo das crianças.
Percepção significa saber ou interpretar informações, é o processo de organizar informações novas com informações já armazenadas, o que leva a um padrão de reação modificado.
Desenvolvimento Relacional:
Procura dar um espaço de liberdade onde a criança aparece inteira, com seu corpo, suas emoções, sua fantasia, sua inteligência em formação. Este espaço é onde podem ser expressos seus conflitos, seus medos, , seus sentimentos, tudo dentro de uma estrutura narrativa do jogo e nas relações que estabelecem com seu dia-a-dia e com o adulto.

